Todas as manhãs, o senhorzinho da limpeza aqui onde trabalho, o conhecido ‘Coelho’, corintiano roxo, entra na sala recolher o lixo e sempre comenta: “e o timão?”
Mesmo sabendo que o momento não é para brincadeira...vale descontrair.
Eu tenho muitos e muitos desejos.
Desejos grandes, desejos pequenos, intermináveis desejos.
Entre tantos, alguns são fáceis de conquistar.
Para o desejo de um mouse de chocolate, e até mesmo o café com chantili, a solução é a padaria, o desejo de diversão, boas risadas com os amigos.
E o desejo de amor?
Não encontro respostas para isso, apenas o desejo.
Não queria que fosse desse jeito, mas quando a realidade diz não, meu coração sempre diz sim. Creio que meus sentimentos não falam a mesma língua, por isso não se entendem nunca.
Acredito que para amar, só me resta o tentar.
Continuo tentando, me empenho, literalmente faço a minha parte. Peço baixinho, quase inaudível para que o outro também faça a parte dele. Até porque, para o amor ser completo é preciso ter duas partes.
Sabe, já passaram algumas pessoas na minha vida e algumas delas me perderam.
Porém, eu não desejo que ninguém perceba mais tarde que me perdeu. E sim, desejo que alguém perceba bem cedo que me encontrou.
Enfim, tenho muitos desejos, mas me contentaria em realizar um em especial: o amor.
Beijocas...
Chegou o outono...e com ele chegou nariz escorrendo, garganta raspando, dor no corpo. Maldito resfriado.
Tem dias que quando o sol se põe, bate um desespero em pensar que ele vai nascer novamente amanhã, e que o dia pode ser parecido com aquele que acabou de acabar (bate na madeira, toc toc toc)... 
Depois de um dia praticamente disfarçada de coelhinha da Páscoa...fiquei mais apaixonada pela inocência das crianças.
